No dia 30 de novembro último, a Academia de Letras & Artes de Mesquita (ALAM) celebrou seus dez anos de existência e de dedicação à arte e cultura. Confira a seguir algumas imagens deste belíssimo evento.
domingo, 5 de dezembro de 2010
10 anos de cultura e arte em Mesquita
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
ALAM: 10 ANOS
A Academia de Letras & Artes de Mesquita comemora seu 10º aniversário este mês de novembro de 2010.
Fundada no dia 09 de novembro de 2000, a ALAM vem se destacando no cenário cultural da Baixada Fluminense, apresentando-se hoje como uma das mais ativas agremiações culturais da região.
Para celebrar seus 10 anos de existência a ALAM preparou uma bela festa a ser realizada dia 30 de novembro, na Sala Popular de Cinema Zelito Viana, que funciona no prédio da prefeitura (Rua Arthur de Oliveira Vecchi, 120, Centro, Mesquita), a partir das 19h.
Na ocasião, o atual presidente da ALAM, Acadêmico Alberto Ferreira Paulo, fará uma breve exposição sobre a criação da ALAM e do muicípio de Mesquita.
A programação contará ainda com o Coral da Igreja Nossa Senhora das Graças, apresentação de poesias e uma exposição de arte com as obras do Acadêmico Cimar Rocha. Na sequência será servido um coquetel aos presentes.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Clarice Lispector
A conferência de Glaucio, mestre em literatura brasileira pela UERJ, versará principalmente sobre "A hora da estrela", último livro publicado por Clarice e que conta a história de Macabéa, nordestina que vive no Rio de Janeiro e que custa a ver-se como indivíduo.
Dia 26 de outubro, às 19h, na Sala de Leitura Poeta João Prado (Praça João Luis do Nascimento, s/nº, em frente à estação de trem de Mesquita).
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Uma Leitura de Rachel de Queroz
A conferencista ainda falou de seu convívio com Rachel de Queiroz, da filiação desta ao movimento regionalista que caracterizou a segunda geração do modernismo (30-45), de sua desilusão com o Partido Comunista, que desejava intervir em sua criação artística e de seu gosto pelo ato de narrar.
Confira a seguir algumas imagens do evento.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Rachel de Queiroz no aniversário de Mesquita
Em prosseguimento ao Ciclo de Conferências "A mulher na Literatura Brasileira", teremos como convidada a Profª Drª Maria Osana de Medeiros Costa, que proferirá a conferência UMA LEITURA DE RACHEL DE QUEIROZ em alusão ao centenário de nascimento da escritora que foi a primeira mulher a ser aceita na Academia Brasileira de Letras.
O evento começará às 19h na já tradicional Sala de Leitura Poeta João Prado, situada na Praça João Luiz do Nascimento (antiga Praça da Telemar), s/nº, em frente à estação de Mesquita.
Estão todos convidados.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Ana Cristina César - O Sangue de uma Poeta
A Academia de Letras e Artes de Mesquita recebeu neste dia 31 de agosto de 2010 a visita do Prof. Dr. Ítalo Moriconi, como parte de seu ciclo de conferências A Mulher na Literatura Brasileira.
Ítalo Moriconi brindou o público que lotou as dependências da Sala de leitura Poeta João Prado com a conferência "Ana Cristina César - O Sangue de uma Poeta", mesmo título de livro seu publicado em 1996.
Em sua fala, Ítalo abordou o contexto cultural no qual Ana Cristina César produziu sua obra poética, seu apadrinhamento literário por Manuel Bandeira, a dificuldade que sua obra ainda encontra em ser apreendida pelo grande público e a riqueza da poética da autora que deixou o mundo de forma trágica e prematura (A escritora suicidou-se aos 31 anos de idade, em 1983).
Em breve disponibilizaremos a transcrição integral da conferência proferida por Ítalo, bem como das perguntas feitas pelo público.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Ítalo Moriconi fala de Ana Cristina César na ALAM
A Academia de Letras & Artes de Mesquita recebe este mês de agosto o Prof. Dr. Ítalo Moriconi como conferencista em seu Ciclo de Conferências "A mulher na Literatura Brasileira".
Ítalo Moriconi é conhecido pela organização de duas grandes antologias literárias: Os cem melhores contos brasileiros do século XX (2000) e Os cem melhores poemas brasileiros do século XX (2001), ambos publicados pela Editora Objetiva. Como ensaísta, Ítalo publicou Como e por que ler a poesia brasileira do século XX (2002), obra fundamental para compreender a poética brasileira do século passado e seus reflexos na poesia atual. Também é poeta reconhecido, campo no qual publicou as obras Léu (1988), A Cidade e as Ruas (1992), Quase Sertão (1996) e História do Peixe (2001). É professor do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e atual diretor da EdUERJ. Em 2005 atuou como professor visitante na Leiden University (Holanda), sendo titular da Cátedra de Estudos Brasileiros (Veja o currículo completo clicando aqui).
Sua Conferência na ALAM intitula-se Ana Cristina César: o sangue de uma poeta, mesmo título de livro de sua autoria publicado em 1996, sobre a vida e obra de uma das mais relevantes escritoras da geração mimeógrafo (ou poesia marginal) da década de 70. Crítica e tradutora, morreu tragicamente atirando-se da janela de um edifício aos 31 anos de idade.
A conferência de Ítalo Moriconi acontecerá dia 31 de agosto (última terça-feira do mês), às 19h na Sala de Leitura Poeta João Prado (Praça João Luiz do Nascimento, s/nº, Centro de Mesquita).
Após a conferência (como já é de costume) haverá roda de leitura com poetas da ALAM e convidados.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Pagu: 100 anos de paixão
No dia 8 de Março deste mesmo ano comemorou-se o “Dia Internacional da Mulher” que jamais podemos esquecer.
No dia 9 de Março deste mesmo ano houve a primeira reunião ordinária da Academia, quando eu confirmei diante de outros acadêmicos esta conferência que irei iniciar com muito orgulho e carinho, por ser sobre uma mulher Artista, Escritora, Jornalista e Poeta que viveu momentos importante na cultura nacional, que até então eu pouco conhecia de sua vida, a não ser um filme que assisti sobre o seu passado no meio artístico, com tão pouca referência não me saiu da memória aquela mulher maravilhosa que era a “PAGU” – Patrícia Galvão dos anos 20 e 30 da nossa efervescência política e artística que intitulava “MODERNISTA”
No dia 10 de Março, às 6:10h da manhã, comecei a entrar na vida dessa grande mulher e artista completa que é a Patrícia Galvão. Como artista Plástico que sou, comecei a pesquisar e ampliar meus conhecimentos e meu universo cultural e artístico e poder repassar para vocês que aqui estão presentes. É com muita humildade e a graça de Deus que vou proferir esta conferência.
Agradeço a atenção de todos e o tempo precioso que nós temos o incentivo da Academia e outros colaboradores do evento para sairmos daqui com uma imagem positiva da nossa cultura dentro do País e no exterior. Já que a PAGU atravessou fronteiras com sua garra de mulher guerreira representante da raça Brasileira, nada mais justo do que a Academia de Letras & Artes de Mesquita homenageá-la com uma palestra no dia de hoje.
Nascimento:
Ela nasceu em 09 de Junho de 1910
Terceira filha de Adélia Rehder Galvão e Thiers Galvão de França seu pai.
Três anos depois a família muda-se para a grande São Paulo, cidade que passava por transformações econômicas com o surto da expansão das lavouras de café no interior do estado.
Na escola:
É nesta cidade que crescia vertiginosa e desordenadamente que ela chamava a atenção dos rapazes da faculdade de direito. Era uma menina muito bonita que andava sempre extravagantemente maquiada e com um uniforme de normalista, saia azul, blusa branca cabelos soltos, batom amarelo, às vezes roxo, com grande argolas nas orelhas. Os rapazes não resistiam e sempre faziam piadas e ela respondia à altura porque não tinha papas na língua para responder.
Existem histórias malucas a seu respeito deste período: pintava janelas e muros da escola, fugas, blusas transparentes com decotes arrojados, fumava cigarro em plena rua, o que na época era considerado escandaloso.
Início de tudo:
Aos 12 anos de idade a “Escandalosa PAGU” presencia a SEMANA DE ARTE MODERNA de 1922 digamos o inicio do Modernismo, do qual, aos 15 anos, iria participar colaborando no jornal “Brás Jornal” assinando PATSY.
Neste mesmo período freqüenta o conservatório Dramático e Musical de São Paulo onde lecionava Mario de Andrade com sua irmã Sidéria e era conhecida pela família como ZAZÁ
O envolvimento com o grupo antropofágico:
No mesmo ano que completa o curso normal (1928) Patrícia Galvão entra em contato com o grupo Antropofágico. É quando ganha o apelido de PAGU pelo escritor Raul Bopp, por quem é apresentada no Salão da Alameda Barão de Piracicaba, nas reuniões promovidas por Oswaldo de Andrade e Tarsila do Amaral, que logo se simpatizam pela jovem PAGU.
Em 1930 Oswald de Andrade separou-se de Tarsila do Amaral e casou-se com Pagu que estava grávida de seu primeiro filho, Rudá de Andrade, nascido no mesmo ano. Três meses após o parto, Pagu viajou para Buenos Aires, na Argentina, para participar de um festival de poesia. Conheceu Luís Carlos Prestes e voltou entusiasmada com os ideais marxista.
Na volta, filiou-se ao Partido Comunista (PCB), junto com Oswald. Foi o início de um período de intensa militância política. Em março de 1931, o casal fundou o jornal O Homem do Povo, que apoiava “a esquerda revolucionária em prol da realização das reformas necessárias”. Em seus artigos, Pagu criticava as “feministas de elite” e os valores das mulheres paulistas das classes dominantes.
Oswald publicou ataques à Faculdade de Direito do Largo São Francisco, chamando-a de “cancro” que minava o Estado. O tablóide foi empastelado pelos estudantes da faculdade e o Secretário de Segurança do Estado mandou fechá-lo.
No mesmo ano, em 15 de abril de 1931, Pagu foi presa como militante comunista durante uma greve dos estivadores em Santos. Quando foi solta, o PCB a fez assinar um documento em que se declarava uma “agitadora individual, sensacionalista e inexperiente”,
Seu primeiro romance, Parque industrial, foi publicado em 1933, mas Pagu teve de assiná-lo como Mara Lobo: foi uma exigência do Partido Comunista. A obra é uma narrativa urbana sobre a vida das operárias da cidade de São Paulo.
Jornalismo
Correspondente de vários jornais, Pagu visitou os Estados Unidos, o Japão e a China. Entrevistou Sigmund Freud e assistiu à coroação de Pu-Yi, o último imperador chinês. Foi por intermédio dele que Pagu conseguiu sementes de soja, enviadas ao Brasil e introduzidas na economia agrícola brasileira.
A seguir, Pagu foi à União Soviética. Registrou em Verdade e Liberdade sua decepção com o comunismo: “o ideal ruiu, na Rússia, diante da infância miserável das sarjetas, os pés descalços e os olhos agudos de fome”.
Filiou-se ao PC na França, onde também fez cursos na Sorbonne, em Paris. Foi presa como militante comunista estrangeira, em 1935. Ia ser deportada para a Alemanha nazista quando o embaixador brasileiro Souza Dantas conseguiu mandá-la de volta ao Brasil.
Pagu separou-se de Oswald de Andrade e começou a trabalhar no jornal A Platéia. Durante a revolta comunista de 1935, Pagu foi presa e torturada outra vez. Cumpre cinco anos e mais seis meses por se recusar a prestar homenagem a Adhemar de Barros, interventor federal em visita ao presídio. Nesse período, foi perseguida pelos integrantes do PC. Patrícia rompe com o partido ao sair da cadeia, em 1940. Estava muito doente, arrasada e pesava 44 quilos; tentou suicídio ao ser libertada.
No ano seguinte, casada com o jornalista Geraldo Ferraz, teve seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz. Trabalhou nos jornais cariocas A Manhã, O Jornal, e nos paulistanos A Noite e Diário de São Paulo. Com o pseudônimo de King Shelter escreveu contos de suspense para a revista Detetive, dirigida por Nelson Rodrigues.
Voltou a tentar suicídio em 1949. Nos anos seguintes, foi crítica literária, teatral e de televisão no jornal A Tribuna, de Santos. Nessa cidade, liderou a campanha para a construção do Teatro Municipal, além de fundar a Associação dos Jornalistas Profissionais. Também criou a “União do Teatro Amador de Santos” por onde passariam os então novatos Aracy Balabanian, José Celso Martinez, Sérgio Mamberti e Plínio Marcos.
Pagu voltou a Paris em setembro de 1962, para ser operada de câncer. A cirurgia não teve êxito e ela tentou suicídio novamente. Muito doente, viveu até dezembro. Na véspera de sua morte, um último texto seu é publicado em A Tribuna: o poema “Nothing”.
terça-feira, 20 de julho de 2010
ALAM presente nos 113 anos da Academia Brasileira de Letras
Representando a ALAM, estavam os Acadêmicos Jorge Rocha e Glaucio Cardoso.
Na ocasião, os espectadores puderam ouvir a palavra do Acadêmico José Murilo de Carvalho, que brindou os presentes com uma brilhante exposição sobre a história da ABL, enfocando o delicado momento político no qual o Brasil estava imerso na época da fundação da casa máter das letras brasileiras.
No decurso da cerimônia, houve a entrega dos Prêmios ABL referentes ao ano de 2010, cujos contemplados foram:
- Prêmio Machado de Assis: Pelo conjunto da obra para o crítico literário, professor, escritor, ensaísta e filósofo paraense Benedito Nunes.
- Ficção (conto, romance, teatro): Romance "Outra Vida", do escritor carioca Rodrigo Lacerda;
- Infanto-juvenil: livro “Marginal à esquerda”, da escritora e ilustradora mineira Ângela-Lago;
- Tradução: “Pequenas traduções de grandes poetas", do pernambucano Milton Lins;
- Poesia: “A máquina das mãos”, do poeta maranhense Ronaldo Costa Fernandes;
- História/ciências sociais: “Escravismo em São Paulo e Minas Gerais”, de Francisco Vidal Luna, Iraci Del Nero e Herbert S. Klein;
- Ensaio e crítica literária: “O controle do imaginário & a afirmação do romance", do professor e crítico literário maranhense Luiz Costa Lima;
- Cinema: "A erva do rato", de Júlio Bressane e "Hotel Atlântico", de Suzana Amaral.
sábado, 10 de julho de 2010
Patrícia Galvão: Pagu em destaque
A Academia de Letras & Artes de Mesquita vem promovendo desde o início do ano as suas Reuniões Culturais que contam sempre com uma conferência temática seguida de apresentações dos Acadêmicos da ALAM e convidados. Cultura, poesia, música e troca de ideias tem seu lugar garantido toda última terça-feira do mês.
No ano de 2010, as conferências giram em torno de um tema central